Ecologicamente correta e não poluente, a energia solar tem atraído investimentos de muitos países, incluindo o Brasil, que enxergam nela uma solução para economizar gastos com petróleo e com o a construção de hidrelétricas.
De acordo com um ranking elaborado pela International Energy Agency’s Trends in Photovoltaic Applications, a China terminou 2016 em primeiro lugar como país que mais produz energia solar, com mais de 77 GW (gigawatts) instalados.
Enquanto isso, o Brasil segue tímido com sua produção 23,76 megawatts. Para ter ideia da diferença, um gigawatt representa 1000 megawatts. Contudo, com os novos projetos de energia solar para os próximos anos, estima-se que até 2018 o país fique entre os 20 maiores produtores mundiais de energia fotovoltaica.
Usina de Petrolina, Pernambuco
Em Petrolina, Pernambuco, um sistema de energia solar inédito no país vem sendo estudado para implantação ainda em 2017. Ele oferece uma alternativa a geração de energia em massa pelas hidrelétricas.
O projeto é uma iniciativa da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). Com o apoio de um instituto alemão, especialista nesse tipo de produção de energia, o objetivo é produzir em Petrolina um projeto-piloto para colocar em teste a tecnologia heliotérmica. Diferentemente da produção por meio dos painéis fotovoltaicos, já explorada no Brasil, essa tecnologia permite armazenar o calor produzido para ser usado à noite.
A geração de energia heliotérmica também funciona usando a radiação solar como fonte de energia. Ela utiliza um conjunto de captadores espelhados, distribuídos em uma área plana. Esses espelhos se movimentam de acordo com a posição do sol e refletem os raios para uma torre – chamada de torre solar — onde o calor é armazenado e transformado em energia. Ela é diferente da geração de energia solar fotovoltaica, que não é capaz de guardar o calor produzido.
Reservas Extrativistas, Amazonas
A partir de julho de 2017, as reservas extrativistas (Resex) Médio Purus e Ituxi, no Amazonas, poderão contar com a energia elétrica fotovoltaica para incrementar suas produções. A eletricidade extra será usada pelos moradores para ativar uma fábrica de gelo, com o objetivo de conservar frutas perecíveis, como o cacau eo açaí, e o pescado que é comercializado no local. E energia solar alimentará, para isso, uma máquina capaz de produzir 90 kgs de gelo por semana.
Atualmente, a energia da comunidade é gerada por meio de geradores a diesel (que só funcionam 3 horas por dia, e nem todos os dias da semana). Além da fábrica de gelo, a ideia é usar a energia solar para aulas noturnas nas escolas, centro de informática e também para aumentar a captação de água da chuva ou por poço artesiano, proporcionando seu bombeamento e filtração.
Projeto Megawatt Solar da Eletrosul, Santa Catarina
A Eletrosul, distribuidora de energia responsável pela região Sul, Mato Grosso do Sul e Rondônia, vê demonstrando o seu comprometimento com o meio ambiente e com o incentivo ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia. Sua última iniciativa nesse sentido foi transformar sua sede administrativa, em Florianópolis, Santa Catarina, em uma usina de energia solar fotovoltaica – até então a maior da América Latina integrada a um edifício.
A potência instalada da usina é de 1 megawatt-pico (MWp) e ela tem capacidade para produzir aproximadamente 1,2 gigawatts de energia solar durante todo o ano. A energia gerada é suficiente para atender cerca de 540 residências em Florianópolis. Essa capacidade de geração vem das 4,2 mil placas fotovoltaicas instaladas na cobertura do edifício-sede e do estacionamento do local, totalizando uma área de 8,3 mil metros quadrados de sistema fotovoltaico.
E não é só em grandes projetos de energia solar que o país vêm ganhando destaque. Já são 7.398 sistemas fotovoltaicos instalados no país, o que fez o mercado para esse ramo crescer mais de 300% em 2016. Tudo isso faz dessa uma ótima opção para quem quer empreender e começar o seu próprio negócio.